sexta-feira, 5 de março de 2010

AMDAMENTO DO MANGUALARGA

Mangalarga - Um cavalo de andamento macio
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Nov 2, 2004, 12:42

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Chamado de o Cavalo Nacional do Brasil, onde a procriação atinge a casa das centenas de milhares e tem conduzido montadores através das terras brasileiras durante mais de 200 anos, a história do cavalo Mangalarga Marchador começa no início do século 19, quando o Rei de Portugal, D. João VI, fugiu de seu país para escapar à captura pelas tropas de Napoleão. O rei escolheu o Brasil para seu lugar de exílio, levando sua família e vários de seus garanhões favoritos. Conhecidos como cavalos Altér-Real, a raça tinha sido formada de cavalos nativos da Península Ibérica, bem assim das Ilhas da Madeira e Canárias. Com a sua elegante estatura e temperamento dócil, o Altér-Real era uma raça desenvolvida exclusivamente pelo rei.
Uma vez no Brasil, o Rei João resolveu continuar com o seu programa de procriação e cruzou garanhões Altér-Real com éguas Berberes que haviam sido importadas da África. Um dos resultados desses cruzamentos foi um garanhão chamado Sublime, que foi cruzado com éguas Berberes, assim como com éguas da raça Ginete Espanhol (cavalos de marcha que vieram da Espanha com os conquistadores europeus). Os cavalos resultantes, chamados Cavalos Sublime, eram de passo rápido e macio. Os mesmos também apresentam incrível resistência.
Os Cavalos Sublimes não passaram despercebidos no interior brasileiro. O proprietário de uma fazenda próxima do Rio de Janeiro, chamada Fazenda Mangalarga, começou a criar esses cavalos para valer. A fazenda produziu tantos desses cavalos, que a raça perdeu o seu nome de “Cavalo Sublime” e passou a ser conhecida como Cavalos Mangalarga. A raça conservou esse nome até na década de 1930, quando “Marchador” foi acrescentado para distinguir o cavalo de uma raça aparentada conhecida como Mangalarga Paulista, desenvolvida por criadores que cruzaram o Mangalarga com cavalos de sangue-puro - árabes e “standardbred”.
Em 1949, foi criada a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). As metas da organização eram estabelecer padrões de criação para o Marchador e para promover a raça, particularmente o seu passo macio, ou “marcha”. Cerca de 4.000 pessoas são membros da ABCCMM no Brasil e 350.000 Marchadores estão registrados nesse país.
Embora o Mangalarga Marchador seja um entre diversos cavalos de marcha sul-americanos, a raça é verdadeiramente singular quando comparada com o Paso Peruano, o Paso Fino e mesmo o Marchador Paulista, com o qual mantém laços estreitos.
Um dos aspectos mais inusitados dos Mangalarga Marchadores é o tipo de andamento da raça. Nascido naturalmente com a habilidade de executar a marcha picada e a marcha batida, o Mangalarga Marchador é a única raça sul-americana capaz de realizar tais marchas.
No Brasil, os Marchadores são cavalos que trabalham duro, usados primariamente para movimentação de boiadas e transporte através de terreno acidentado. Os cavalos também são expostos, onde são avaliados com base na conformação e no desempenho.
Nos Estados Unidos, os Marchadores estão sendo comercializados para diversos esportes. Eles são uma opção natural para cavalgada de enduro e se constituem em excelentes cavalos para trail.

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