domingo, 4 de abril de 2010



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Doenças dos Cavalos
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
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Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença. Tradicionalmente, os problemas de pele nos cavalos não são considerados situações particularmente preocupantes. Na verdade, alguns acabam por se resolver espontaneamente sem qualquer tipo de tratamento, embora possa demorar algum tempo. Outros, porém, tornam-se bastante críticos, quer pela possibilidade de contágio ao homem, como é o caso da tinha (infecção por fungos) e da sarna (infecção por ácaros, pequenos parasitas da pele), quer pela gravidade da doença propriamente dita e dos seus sintomas.
(Hipersensibilidade à picada das moscas)
Animais com prurido intenso, por exemplo, coçam-se até no próprio arreio ou em qualquer superfície rugosa ou mesmo cortante, provocando feridas que constituem uma porta de entrada para todo o tipo de infecções. Vamos agora debruçar-nos sobre algumas situações que afectam a pele dos cavalos, começando pelas mais frequentes. Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença (tinha ou dermatofitose). Por essa razão, uma amostra de pêlos que revele a presença de fungos não é necessariamente significativa. Por outro lado, os fungos são agentes que facilmente se instalam secundariamente quando outros factores danificam a pele, ou mesmo quando o sistema imunitário se encontra enfraquecido, não sendo por vezes a causa primária da doença. Neste tipo de infecção por fungos (dermatófitos) os animais afectados apresentam várias áreas de descamação e alopécia (zonas sem pêlo), com ou sem prurido, não estando geralmente envolvidos a crina e a cauda.
(Infecção por Fungos)
As situações de natureza alérgica são também bastante frequentes, podendo ser causadas por alimentos, pelo contacto com produtos químicos aplicados nas instalações, por medicamentos, por produtos de limpeza ou insecticidas aplicados sobre os animais, por picadas de insectos, etc.. As picadas das moscas são precisamente uma das principais causas de reacções alérgicas no cavalo. Existe uma grande variedade capaz de desencadear este tipo de reacções, mas as Culicoides são talvez as mais frequentes. São moscas extremamente pequenas (1 a 3 mm) mas de picada dolorosa, activas em tempo quente e sem vento (pois são fracas voadoras) e alimentam-se desde o cair da noite até ao amanhecer. As larvas desenvolvem-se em águas estagnadas. Apenas alguns cavalos desenvolvem uma reacção de hipersensibilidade às suas picadas, havendo uma certa predisposição familiar. As lesões localizam-se na cabeça, orelhas, peito, crina e base da cauda, podendo variar consoante a espécie de Culicoides. O prurido intenso é o principal responsável pelas lesões, levando os animais a coçarem-se em qualquer aresta ou mesmo a morderem-se. Esta situação tende a agravar-se ano após ano, após uma aparente melhoria durante os meses de Inverno, e não tem cura desde que estejam presentes Culicoides.
Infecção por fungos
O seu tratamento passa, portanto, pelo controlo destes insectos através do estábulo durante os períodos em que estes se alimentam, do uso de insecticidas ou repelentes, de redes para mosquitos, e ainda pela administração de medicação apropriada de modo a eliminar ou reduzir o prurido. Outros agentes que podem causar prurido intenso são os ácaros da sarna. Estes parasitas provocam lesões com localização diferente consoante a espécie a que pertençam: na cabeça e pescoço, na base da crina e da cauda, ou nos membros, mas em fases avançadas as lesões podem espalhar-se a outras zonas. Esta doença transmite-se por contacto directo e é contagiosa ao homem, embora geralmente sem grande gravidade. Certos animais desenvolvem reacções inflamatórias superficiais em zonas brancas ou despigmentadas do corpo (geralmente no focinho e na extremidade dos membros). São processos de fotosensibilização, associados geralmente à ingestão de certas plantas ou a alterações do metabolismo do fígado. Como podemos constatar, situações aparentemente idênticas podem ter causas bastante distintas.
Fotossensibilização
A base da cauda coçada e sem pêlo, por exemplo, é geralmente um sinal de parasitismo intestinal, mas também pode tratar-se de um caso de hipersensibilidade à picada de insectos, alergia alimentar, sarna ou apenas um vício comportamental. Mesmo depois do cavalo parar de se coçar ainda temos de esperar um a dois meses até a cauda voltar a crescer. Os tratamentos usados em dermatologia equina são muito variados consoante a situação a que se destinam, mas convém não esquecer que tratar os animais pode não ser suficiente: o ambiente, as camas, o material de limpeza, os arreios, devem merecer atenção pois estão muitas vezes implicados. Quanto aos cavalos de competição, fica também uma chamada de atenção: uma simples pomada, spray ou qualquer outro produto aplicado sobre a pele pode conter substâncias que, ao serem absorvidas, poderão vir a ser detectadas mais tarde nos testes de controlo antidoping.
Dr. João Paulo Marques
Fonte: http://www.tudosobrecavalos.com

sábado, 3 de abril de 2010

Cavalo do Circo Zanchettine

segunda-feira, 15 de março de 2010

monte robert

http://www.youtube.com/watch?v=p_0q4HMjirs

quarta-feira, 10 de março de 2010

São quatro os andamentos naturais dos cavalos, Passo, Trote, Cânter (meio galope) e Galope. Existem também andamentos adquiridos por adestramento.
O Passo: É o andamento natural, a quatro tempos, marcado pela progressão sucessiva de cada par lateral de pés. Por exemplo (trataremos como mão esquerda, mão direita, pé esquerdo e pé direito), se o passo começar com o pé esquerdo, a seqüência será a seguinte: pé esquerdo, mão esquerda, pé direito, mão direita.
No passo calmo, os pés tocam o solo a frente das pegadas feitas pelas mãos. No passo ordinário, os passos são mais curtos e mais elevados, e os pés tocam o solo atrás das pegadas das mãos. No passo alongado, os pés tocam o chão antes das impressões das mãos. No livre, todo o esquema é prolongado.

O Trote: É o andamento simétrico, a dois tempos, marcados em que um par diagonal de pernas toca o solo simultaneamente e, depois de um momento de suspensão, o cavalo salta trocando para o outro par diagonal. Por exemplo: no primeiro tempo, a mão esquerdo e o pé direito tocam o solo juntos (diagonal esquerda), no segundo tempo, a mão direita e o pé esquerdo pisam juntos (diagonal direita).

No trote, o joelho jamais avança à frente de uma linha (imaginária) perpendicular tirada do topo da cabeça do animal até o solo.

O Cânter: É um andamento a três tempos, em que o cavalo avança com a mão direita quando gira para a direita e vice-versa. A seqüência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no chão são: (iniciando com a mão direita) Pé esquerdo, esquerda diagonal (em que as mãos e o pé esquerdo, tocam o solo simultaneamente) e, por fim, mão direita - dita "de guia".

Quando o cavalo tenta virar para a esquerda avançando com a mão direita, portanto, a do lado de fora no movimento, é chamado um "avanço falso" ou cânter com a perna errada.

O Galope: É o mais rápido dos quatro andamentos naturais. Um andamento a quatro tempos, sofre variações na seqüência de acordo com a velocidade. Com a mão direita na liderança, a seqüência de pisadas é a seguinte: pé esquerdo, pé direito, mão esquerda, mão direita, ao que se segue um período de suspensão total, em que todos os pés estão no ar.

Um puro-sangue inglês galopa a 48 km/h ou

segunda-feira, 8 de março de 2010

cruzamento de rasa cavalo

Origem: formada no Brasil com o cruzamento de reprodutores puro sangue lusitanos e pura raça espanhola entre si ou através de cruzamentos absorventes destes reprodutores com éguas nacionais.

Características: altura média de 1.55 m., cabeça de perfil reto ou subconvexo, orelhas médias, pescoço forte e arredondado na linha superior, garupa arredondada, com movimentos ágeis e elevados e grande predisposição para a reunião. Nobre e dócil, com temperamento muito vivo.

Aptidões: sendo fogoso, porém dócil, e tendo grande facilidade para o aprendizado, presta-se para o adestramento, passeios, enduro, hipismo rural e trabalhos com o gado.





Appaloosa

Origem: Introduzidos no Continente Americano pelos conquistadores espanhóis os Mustangs manchados de branco-salpicado nas regiões do dorso, lombo e garupa foram utilizados pelas tribos dos indígenas Nex Perce, às margens do rio Pelouse no noroeste dos E.U.A.. após a derrota dos indígenas em 1877, os cavalos foram leiloados e somente a partir de 1938 passaram a ser selecionados no Oeste dos Estados Unidos, cruzando-os com o Quarter-Horse e Puro Sangue Inglês.

Características: Altura média de 1.50m, temperamento vivo, bom caráter, cabeça com fronte ampla, perfil reto, orelhas pequenas, olhos grandes, boca pouco profunda, pescoço médio em linha superior e inferior retas. Dorso e lombo curtos e garupa levemente inclinada, espádua bem inclinada, membros fortes bem musculados, e cascos médios. Pelagem básica é o ruão, admitindo-se todas as outras, desde que as menchas preencham o padrão que envolve seis pelagens básicas: a glacial, leopardo, floco de neve, mármore, manta manchada e manta branca.

Aptidões: Corridas curtas, esportes hípicos diversos e lida com o gado.



Árabe

Origem: É uma das mais puras e antigas raças de cavalos do mundo e que praticamente entrou na formação de quase todas as raças modernas. Selecionada no deserto da Península Arábica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico, por onde vagavam algumas tribos nômades; a quem se deve a pureza sanguínea na seleção do cavalo árabe e a importância dada às éguas mães - Koheilan, Seglawi, Ibeion, Handani e Habdan, as cinco éguas que serviram de matrizes para as cinco principais linhagens que compõe a raça Árabe até os nossos dias.

Características: Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possue cabeça de forma triangular com perfil concavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito salientes, narinas dilatadas, ganachos arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo em sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e lombo médios, garupa horizontal e saída de cauda alta que permanece elevada durante o movimento. Seu trote e galope são rasteiros, amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.

Aptidões: Pelas suas características são aptos aos esportes hípicos de salto e adestramento em categorias intermediárias, hipismo rural, enduro e trabalhos agro-pecuários.



quer saber mais sobre o cavalo árabe
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Brasileira de Hipismo

Origem: formada no Brasil com as mais importantes linhagens européias de cavalos de salto e adestramento, tais como Hanoverana, Holsteiner, Oldenburger, Trakehner, Westfalen e Sela Francesa, através de cruzamento entre si ou com magníficos exemplares Puro Sangue Inglês da América do Sul.

Características: cavalo leve, ágil e de grande porte; com altura superior a 1.65m.; perímetro toráxico de 1.90m. e perímetro de canela de 21cm.; cabeça média de perfil reto ou subconvexo; pescoço médio bem destacado do peito e espáduas; cernelha destacada; dorso bem ligado ao lombo e a garupa; membros fortes e andamentos briosos, relativamente elevados e extensos. Possuem excelente mecânica de salto, coragem, inteligência e elegância nos movimentos. São admitidas todas as pelagens.

Aptidões: suas características o tornam apto para quaisquer modalidades de salto, adestramento, concurso completo de equitação, enduro, hipismo rural ou até mesmo atrelagem.


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Campolina

Origem: Raça formada em Minas Gerais no Brasil, por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Andaluz-Lusitano da Coudelaria Real de Alter, pertencente ao criatório de D. Pedro II. Os descendentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percherão, Orloff e Oldenburguer e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês.

Características: Cavalo de bom porte com altura média de 1.55m, cabeça com fronte ampla, perfil retilíneo ou subconvexo, orelhas de tamanho médio, olhos médios, narinas elípticas, pescoço forte e rodado em sua linha superior, o peito amplo, dorso e lombo médios, garupa levemente inclinada com saída de cauda não muito alta, sendo admitidas todas as pelagens. Membros fortes, geralmente com posteriores atrasados, seus andamentos são a marcha batida ou picada com tríplice apoio.

Aptidões: Ideais para passeio, enduro, tração ou lida com o gado.





Crioula

Origem: foi a primeira raça sul-americana formada nos campos úmidos da Bacia do Prata, descendendo em linha direta dos cavalos ibéricos trazidos pelos espanhóis e portugueses ao longo do século XVI para as regiões que formariam a Argentina, Paraguai e Brasil.

Características: cavalo de pequeno porte, com altura média de 1.45m., muito forte e musculado, porém ágil e rápido em seus movimentos. São admitidas todas as pelagens. Cabeça de perfil reto ou convexo; orelhas pequenas; olhos expressivos; pescoço de comprimento médio ligeiramente convexo na linha superior, provido de crinas grossas; peito amplo; cernelha pouco destacada; dorso curto; lombo curto e garupa semi-obliqua; membros fortes, bem musculados e providos de cascos muito rígidos.

Aptidões: é por excelência um cavalo de trabalho, ideal na lida com o gado, para passeio e enduro, podendo ser utilizado para cobrir grandes distâncias.


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Holsteiner

Origem: raça selecionada no norte da Alemanha, região de Schleswig e Holstein, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas de grande porte existentes na região. Os antigos cavalos de Holstein sofreram inicialmente pequena infusão de sangue Oriental e Andaluz, tendo sido considerados os melhores cavalos de carruagem do mundo, pelo seu grande porte, força, andamentos elevados e flexibilidade. Posteriormente, atendendo à demanda de cavalos para os esportes hípicos, foram cruzados com garanhões Puro Sangue Inglês, Anglo-árabes e Anglo-normandos, tornando-se uma das mais importantes raças de cavalos de salto e adestramento da atualidade.

Características: cavalo de grande porte; com altura média de 1.70m.; ótima estrutura; bom caráter e temperamento; linhas harmoniosas; cabeça de comprimento médio, de preferência com perfil reto; pescoço bem lançado e levemente arredondado na linha superior; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte; membros fortes; com andamentos cadenciados, elevados e extensos, tendo excelente mecânica e grande potência para o salto. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a castanha e a tordilha.

Aptidões: indicado para os esportes hípicos de salto e adestramento.



Mangalarga

Origem: raça formada no Brasil com o cruzamento de um cavalo de origem andaluza, da Coudelaria Real de Alter, trazido por D. João VI e presenteado ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, cruzado com éguas nacionais também de origem ibérica, trazidas pelos colonizadores. Desses cruzamentos surgiram produtos de andamentos comodos de marcha batida porém tendo grande resistência e rusticidade, que foram chamados de Mangalarga. Trazidos para São Paulo, sofreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse, que imprimiram aos novos produtos a “marcha trotada”, e, foi por essa característica que a raça Mangalarga dividiu-se em duas: Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais.

Características: cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda. A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.

Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.





Mangalarga Marchador

Origem: a raça teve sua origem em Minas Gerais no ano de 1812 quando Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, recebeu de presente de D. Joäo VI um cavalo da Coudelaria Real de Alter, de origem andaluza. Cruzado com éguas nacionais, também de origem da Península Ibérica, porém de linhagens menos nobres, deu origem aos primeiros ‘Mangalarga Marchadores’. Selecionado para fazer grandes viagens, buscou-se aliar a comodidade a resistência e o brio.

Características: cavalo versátil, rústico, resistente, cômodo e elegante; tendo porte médio com altura de 1.54m.; cabeça de perfil retilineo ou subcôncavo; orelhas médias; pescoço piramidal forte e ligeiramente arredondado na linha superior; cernelha bem definida; peito amplo; dorso e lombo curtos; garupa horizontal; membros fortes e andamento de marcha batida ou picada, porém, ambas com momento de tríplice apoio. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a tordilha.

Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalho com o gado.





Pura Raça Espanhola

Origem: raça típica do sul da Península Ibérica, análogo ao berbere do norte da África. É o mais antigo cavalo de sela conhecido na civilização ocidental e o mais importante na história equestre do mundo civilizado, sendo considerado como rei dos cavalos do mundo ocidental, pois entrou na formação das principais raças modernas, tais como: Puro Sangue Inglês, Hanoverana, Trakehner, Holsteiner, Lipizzanos, Quarter Horse, Appaloosa, Palomino, Crioulo, Mangalarga e Campolina entre várias outras. Foi conhecido como Cavalo Andaluz depois da invasão dos mouros e posteriormente registrado no Stud Book espanhol como Pura Raça Espanhola.

Características: possui altura média de 1,60m.; caráter nobre e dócil; temperamento fogoso e alegre tendo muita facilidade para o aprendizado. Seus movimentos são agéis, elevados, extensos e enérgicos, porém suaves, tendo grande poder de reunião.

Aptidões: suas qualidades o tornam apto a quaisquer modalidades hípicas, principalmente para o adestramento, onde executam quaisquer movimentos de “alta escola” com grande elegância e beleza, sendo também imbatíveis na lida com os touros bravos.



Puro Sangue Inglês

Origem:Raça selecionada na Inglaterra pelo cruzamento de três garanhões orientais, Beverly-Turk e Darley Arabian árabes , e Godolphin Barb de origem berbere, com éguas existentes na Inglaterra e as “Royal Mares” de origem da Península Ibérica. O objetivo da seleção do Puro Sangue Inglês era o de obter cavalos de corridas para grandes percursos. É considerada uma das raças melhoradoras e que entrou na formação das principais raças modernas de cavalos de esporte.

Características:Cavalos de muita finura, beleza e grande classe, com altura média de 1.60m, linda cabeça, perfil reto ou levemente ondulado, fronte ampla, olhos grandes, narinas elípticas e dilatadas, orelhas médias, pele fina, cernelha destacada e musculosa, dorso reto comprido e lombo curto, garupa inclinada, peito estreito e torax profundo. Espádua inclinada, membros fortes, joelhos baixos e canelas curtas. Pelagem de preferência uniforme, castanha, alazã ou tordilha.

Aptidões:Corridas planas ou com obstáculos, salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação.



Puro Sangue Lusitano

Origem: raça típica das planícies quentes e secas do sudoeste da Península Ibérica. É o mais antigo cavalo de sela do mundo, tendo sido conhecido como Bético-lusitano, Andaluz e finalmente, a partir de 1967, por Lusitano, com a fundação do Stud Book da Raça Lusitana, posteriormente passou a chamar-se Puro Sangue Lusitano.

Características: altura média de 1.60m; cabeça com perfil subconvexo; orelhas médias e muito atentas; pescoço arredondado em sua linha superior; garupa arredondada; movimentos ágeis, elevados, briosos e extensos e com grande facilidade para a reunião. Sua pelagem predominante é a tordilha seguida da castanha, sendo admitidas a baia, alazã e a preta. sua seleção de milhares de anos lhe garante uma grande afinidade com os ginetes, muito superior a quaisquer raças modernas.

Aptidões: é um cavalo versátil cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem atualmente competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre: adestramento, alta escola, salto, enduro e tração ligeira, sendo no entanto imbatíveis no toureio equestre.



Quarto de Milha

Origem: Selecionada nos Estados Unidos da América, a partir dos cavalos selvagens "Mustangs" de origem berbere e árabe, introduzidos na América pelos colonizadores espanhóis. A partir de 1611, com a chegada de algumas éguas vindas da Inglaterra, cruzadas com os garanhões "Mustangs", deu como resultado animais compactos, extremamente dóceis, muito musculosos e capazes de percorrerem pequenas distâncias com mais rapidez que quaisquer outras raças. Sua seleção foi direcionada para produzir animais de trabalho e lida com o gado, tornando-o imbatível para a condução do gado e captura de reses desgarradas, graças à sua velocidade em curtas distâncias. Atualmente cruzados com o Puro Sangue Inglês dão excelentes animais de corrida, imbatíveis nas curtas distâncias. O Quarto de Milha foi introduzido no Brasil em 1954, por iniciativa da empresa King Ranch, na região de Presidente Prudente.

Características: Cavalos muito versáteis, dóceis, rústicos e inteligentes com altura média de 1.52m, cabeça pequena, fronte ampla, perfil reto, olhos grandes e bem afastados. Pescoço piramidal com linha superior reta, dorso e lombo curtos, garupa levemente inclinada, peito profundo, membros fortes e providos de excelente musculatura.

Aptidões: Considerado um dos cavalos mais versáteis do mundo, pode ser utilizado nas corridas planas, salto, provas de rédeas, tambores, balisas, hipismo rural e lida com o gado.


quer saber mais sobre o quarto de milha
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Sela Francesa

Origem: raça selecionada na França, região da Normandia, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas das antigas linhagens de sela ou trotadoras Anglo-normandas, tendo como finalidade produzir cavalos para os esportes hípicos. A denominação “Sela Francês” foi adotada a partir de 1958, permitindo reunir num mesmo livro genealógico todas as linhagens regionais de cavalos de sela da França.

Características: cavalo de muita classe; ótima estrutura; altura variando de 1.60m a 1.70m.; com bom caráter e temperamento vivo; cabeça média; de perfil reto ou subconvexo; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte semi-obliqua e arredondada; espaduas inclinadas; membros fortes e andamentos extensos com muita impulsão. São admitidas todas as pelagens, sendo predominante a castanha e a alazã.

Aptidões: cavalo de sela, especializado para os esportes hípicos de salto, adestramento e concurso completo de equitação.



Fonte de pesquisa: Tudo sobre Cavalos

sexta-feira, 5 de março de 2010

COMHECER MAIS SEU CAVALO

2010


>> Treinamento > Doma Racional

Cada vez que aumentamos nossa experiência com cavalos vamos conhecendo melhor seu estilo de vida e descobrindo as coisas úteis, certas e boas, portanto muitas vezes nós se perguntamos: qual é a melhor maneira de colocar a sela? Como por a cabeçada? Que tipo de embocadura usar?

São duvidas comuns para qualquer cavaleiro. Até os mais experientes cometem enganos e deixa o animal desorientado ainda mais que cada cavalo é um tipo e cada um tem uma forma de trabalhar e a reagir às coisas que fazemos.

No manejo diário para doma e treinamento, as atitudes vão se tornando tão mecânicas que as chances de se cometer faltas só tendem a aumentar.
Começando nos apetrechos que compõe os equipamentos eqüestres: podem se tornar inimigos da sua montaria caso não sejam usados de forma correta, e as coisas vão aumentado como uma embocadura mal escolhida e mal ajustada, sela grande para cavalos pequenos. São fatores que à primeira vista podem parecer sem muita importância, mas que a longo prazo poderão trazer traumas e perigos.

Início da doma

No início da doma é uma fase bastante delicada, e se fizermos os primeiros contatos com o potro usando atenção, paciência e principalmente numa seqüência coerente, evitaremos erros e dores de cabeça. Aí vão alguns "certos" e "errados" para você se orientar e ter a chance de corrigir possíveis enganos.

Certos

1- Aproximar de um potro em inicio da doma com tranqüilidade e segurança mesmo com cavalos desconhecidos que você não tenha contato constantemente. Pegá-los em um local onde seu espaço seja limitado, facilitando a aproximação.

2- Colocar o cabresto pelo focinho e passar por trás das orelhas conversando principalmente com o potro e outros enquanto coloca lentamente sem assustá-lo.

3- Usar voz firme e sempre igual, isto é, no mesmo tom para que o animal entenda o que você espera dele.

4- Recompensar o cavalo com carinhos no pescoço a cada etapa executada de maneira correta, lembrando que deve-se premiar no momento em que o animal realiza corretamente a tarefa pedida.

5- Parar com a insistência ou aula assim que o animal realize por algumas vezes o que lhe foi pedido. Ministrar os ensinamentos progressiva e repetidamente.

6- Encilhar o animal pelo lado esquerdo, entretanto o cavalo bem domado aceitará o manejo pelos dois lados.

7- Para cada tipo de animal, melhor dizendo para cada tipo de modalidade que você quer fazer com seu animal necessita de selas diferentes, selas tipo australianas são usadas normalmente para cavalos de marcha, selas tipo Western coloca-se em cavalos Árabes e Quarto de Milha, selas tipo seletas mais leves usa-se em cavalos de corrida e saltos.

Errados:

1- Não se aproximar brutalmente principalmente pela sua traseira. Os cavalos têm medo dos homens e com susto poderão reagir repentinamente.

2- Não colocar o cabresto rápido e não amassar as orelhas, pois podem sentir dor ou irritação, e o animal pode reagir e criar traumas, difíceis de tirarem.

3- Não rode o animal com o cabresto e evitar dar puxões fortes.

4- Não repetir as palavras de comando na hora que o animal está realizando os ensinamentos. Se ele esta fazendo é porque já entendeu e a voz de comando nessa hora só irá confundi-lo.

5- Não recompensar o animal após não ter feito o que foi pedido ou recusar. Nunca bata em seu cavalo, pois só servirá para desorientá-lo.

6- Não pare com o trabalho ou a aula no momento que o cavalo errar o exercício. Caso o cavalo não execute o exercício de forma correta, mesmo que depois de algumas tentativas, mude o exercício para um mais fácil e termine a aula. A repetição demasiada cansa fisicamente e mentalmente o cavalo. Ele ficará cansado e perderá a disposição e o rendimento. Por isso procure variar as lições para mantê-lo sempre atento e disposto.

7- Não jogar o material que irá no dorso, pois é um lugar sensível (perto do rim) e esse impacto provocará dores e traumas.

8- Não usar a embocadura muito forte quando o cavalo é sensível e aceita o comando do cavaleiro rapidamente e a embocadura muito apertada poderá ferir o canto da boca.


Lembre-se dessas dicas e use sempre com muita calma e nenhuma violência nos comandos aos cavalos, eles irão te respeitar e aprender!
Dia destes ouvi uma que realmente é boa. Existe agora (ou se sempre existiu, pior...!) a doma para a raça tal, doma para a raça “x”, “domas” para raças distintas e diferentes. Impressionante como as pessoas inventam e complicam a vida dos cavalos ou mesmo dos proprietários destes cavalos, que aceitam isto, já que quem coloca esta idéia são os profissionais... Domar ou iniciar um cavalo não tem nada a ver com o que ele vai fazer de modalidade esportiva, e muito menos com a raça! Iniciar um potro significa dar uma base, criar condições, ensinar e colocar o potro em preparo para então ser treinado em uma modalidade. Inicia-se um cavalo, um potro, para que ele depois disso seja treinado para a modalidade de escolha. Não se doma para adestramento, salto, tambor

ou baliza. Doma-se, inicia-se um potro para a vida, dando informações e condições dele ser um cavalo preparado física e mentalmente, como um garoto que vai à escola aprender a ler e a escrever, para depois decidir se quer ser médico, advogado, veterinário, etc. É simplesmente absurda e completamente isenta de conhecimento a colocação de que Lusitanos devem ser domados na doma lusitana, Quartos de Milha de tambor devem ser domados de tal forma, cavalos de rédeas de outra forma, cavalos de marcha devem ser domados assim ou assado. Pensemos juntos: alguma criança entra na escola já sendo preparada desde o maternal para ser um advogado? Acontece que os profissionais misturam domar com treinar, iniciar com fazer um cavalo. A pergunta: “para que você está domando este potro?” é a mais freqüente e na verdade a mais errada. Novamente comparando, seria o mesmo que perguntar ao pai de uma criança de 4 ou 5 anos “seu filho vai à escola para ser o que no futuro?”. Ora, espera-se que um filho seja responsável, saiba as coisas todas de educação básica, saiba ler e escrever que ele saiba relacionar-se com as pessoas, saiba que existem horas de estudo e trabalho, horas de lazer, e principalmente que ele torne-se um homem ou uma mulher firme, sério, honesto, responsável e culto, entre outras coisas. Depois disso ele decide ou vocês decidem juntos, qual profissão ele vai seguir. E o que você quer de um potro na doma? As mesmas coisas, obviamente que considerando as diferenças entre os cavalos e os Humanos, mas nunca a idéia final de “profissão” deste cavalo na época da doma!

Amigos acreditem: domar, iniciar um potro, não tem nada a ver com o que o cavalo vai fazer da vida. Tem a ver com formação de caráter, confiança, aprendizado para a vida.

Tem a ver com escola e não com utilização de um cavalo. É por isso que vemos por aí cavalos que mal sabem caminhar ao cabresto, cavalos que não podem ser soltos, cavalos com manuais de instrução para o manejo. São cavalos adultos, que se fossem Humanos, provavelmente teriam sido aquelas crianças que dão escândalos nos restaurantes, e o pai com a certeza que o filho vai ser um médico de sucesso, etc. etc. etc.



Aluisio Marins

Aluisio Marins é colaborador do nosso site desde 18/02/2006 e já possui 64 publicações em nosso Portal nas categorias: Crônicas, Doma, Saúde, Nutrição e Negócios

AMDAMENTO DO MANGUALARGA

Mangalarga - Um cavalo de andamento macio
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Nov 2, 2004, 12:42

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Chamado de o Cavalo Nacional do Brasil, onde a procriação atinge a casa das centenas de milhares e tem conduzido montadores através das terras brasileiras durante mais de 200 anos, a história do cavalo Mangalarga Marchador começa no início do século 19, quando o Rei de Portugal, D. João VI, fugiu de seu país para escapar à captura pelas tropas de Napoleão. O rei escolheu o Brasil para seu lugar de exílio, levando sua família e vários de seus garanhões favoritos. Conhecidos como cavalos Altér-Real, a raça tinha sido formada de cavalos nativos da Península Ibérica, bem assim das Ilhas da Madeira e Canárias. Com a sua elegante estatura e temperamento dócil, o Altér-Real era uma raça desenvolvida exclusivamente pelo rei.
Uma vez no Brasil, o Rei João resolveu continuar com o seu programa de procriação e cruzou garanhões Altér-Real com éguas Berberes que haviam sido importadas da África. Um dos resultados desses cruzamentos foi um garanhão chamado Sublime, que foi cruzado com éguas Berberes, assim como com éguas da raça Ginete Espanhol (cavalos de marcha que vieram da Espanha com os conquistadores europeus). Os cavalos resultantes, chamados Cavalos Sublime, eram de passo rápido e macio. Os mesmos também apresentam incrível resistência.
Os Cavalos Sublimes não passaram despercebidos no interior brasileiro. O proprietário de uma fazenda próxima do Rio de Janeiro, chamada Fazenda Mangalarga, começou a criar esses cavalos para valer. A fazenda produziu tantos desses cavalos, que a raça perdeu o seu nome de “Cavalo Sublime” e passou a ser conhecida como Cavalos Mangalarga. A raça conservou esse nome até na década de 1930, quando “Marchador” foi acrescentado para distinguir o cavalo de uma raça aparentada conhecida como Mangalarga Paulista, desenvolvida por criadores que cruzaram o Mangalarga com cavalos de sangue-puro - árabes e “standardbred”.
Em 1949, foi criada a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). As metas da organização eram estabelecer padrões de criação para o Marchador e para promover a raça, particularmente o seu passo macio, ou “marcha”. Cerca de 4.000 pessoas são membros da ABCCMM no Brasil e 350.000 Marchadores estão registrados nesse país.
Embora o Mangalarga Marchador seja um entre diversos cavalos de marcha sul-americanos, a raça é verdadeiramente singular quando comparada com o Paso Peruano, o Paso Fino e mesmo o Marchador Paulista, com o qual mantém laços estreitos.
Um dos aspectos mais inusitados dos Mangalarga Marchadores é o tipo de andamento da raça. Nascido naturalmente com a habilidade de executar a marcha picada e a marcha batida, o Mangalarga Marchador é a única raça sul-americana capaz de realizar tais marchas.
No Brasil, os Marchadores são cavalos que trabalham duro, usados primariamente para movimentação de boiadas e transporte através de terreno acidentado. Os cavalos também são expostos, onde são avaliados com base na conformação e no desempenho.
Nos Estados Unidos, os Marchadores estão sendo comercializados para diversos esportes. Eles são uma opção natural para cavalgada de enduro e se constituem em excelentes cavalos para trail.

quarta-feira, 3 de março de 2010

um protro de um amo ja apremdeu 75 porcento do que era para aprender

Diz-se que um poldro de um ano já aprendeu mais de 75% daquilo que precisa de saber: como controlar os seus membros em todos os andamentos; como mamar, pastar, beber água, como comer concentrados e feno se lhe forem postos à disposição; como coçar-se quer com um casco quer esfregando-se numa árvore ou poste; o que são os humanos: onde se situa o bebedouro no pasto; as horas a que chegam os humanos e com que finalidade e por diante. Tudo isto é essencial à sua capacidade para se adaptar à vida. Na vida selvagem os cavalos tinham que se adaptar rapidamente ao seu meio ambiente e à forma de como certos aspectos do mesmo afectavm o seu conforto e sobrevivência. Como animal de manada, uma das coisas mais importantes a aprender, à parte da identificação da mãe, era saber qual a sua posição hierárquica na manada e a quem, dentro dela, era melhor obedecer. Também precisavam de aprender sobre o tempo e onde se haviam de abrigar das intempéries, quais os sinais que lhe indicavam onde havia comida, o que eram os predadores e o medo, e como escapar. Também tinha que desenvolver rapidamente a sua capacidade de decisão - "fugir - ou lutar" e saber que estar perto da mãe e da manada representava segurança. Em domesticidade o poldro ainda aprende estas coisas e provavelmente com mais rapidez. Aprende a identificar a mãe em poucas horas se lhe for permitido ficar sozinho com ela durante as primeiras 24 horas. Crê-se que o poldro aprende ainda no útero qual o cheiro, o sabor e os sons que a mãe emite, mas o choque imenso do nascimento para um mundo frio e cintilante deve provocar-lhe muita desorientação e stress sendo necessário um novo processo de aprendizagem e adaptação. Os cavalos aprendem muito por associação. Ligam um som ou uma situação particular com um resultado ou acção definidos. Quando surge de novo a mesma situação ou som esperam que se reproduza o mesmo reultado proveninte dessa acção ou som. Isto põe sobre o treinador um certo peso, uma vez que deverá assegurar-se de que o cavalo não seja sujeito a situações desagradáveis e ter a certeza de que tanto o treino como o maneio sejam totalmente consistentes quer no trato com o cavalo quer na forma como se serve das ajudas e ainda na posição do cavaleiro. Os cavalos são extremamente observadores e têm excelente memória (outra herança da sua ancestral vida selvagem) reagindo à menor alteração de peso e de posição do cavaleiro. Tendo a faculdade de em grande extensões de terreno se lembrarem dos locais onde há comida, abrigo e água, e dos lugares onde provavelmente existem predadores, os cavalos também possuem uma memória extremamente longa. Reconhecem-se mutualmente após longos anos de separação, as suas reacções demonstram-no. Parece ser provável que também reconheçam humanos mas nem sempre o demonstram tão bem. Recordam particularmente bem caminhos e lugares, especialmente se alguma coisa marcante lhes sucedeu ali (boa ou má). É por esta razão que um cavalo que se assuste ao passar em determinado local provavelmente o fará sempre que aí volte a passar, esperando que o que quer que fosse o volte a assustar. Consequentemente na maior parte dos casos, pode ser extremamente difícil treiná-los de novo, tirar-lhes maus hábitos ou corrigir ensinamentos anteriores que podem ter-se tornado com o decorrer do tempo em verdadeiros problemas. A paciência e as ajudas tanto físicas como orais podem eventualmente sobrepôr-se a estes velhos hábitos que podem aparecer de novo em momentos de stress ou desconcentração. As segundas oportunidades são raras. Devido ao facto de os cavalos aprenderem tão rápida e profundamente, é fundamental fazer as coisas correctamente quando se procede ao seu ensino. A pessoa com uma atitude calma e firme, que consegue manter a presença de espírito sob condições adversas tem muito mais possibilidades de ensinar um cavalo, que responde, seguindo as indicações que lhes são dadas, confiando, mesmo quando em pânico, que estará seguro. Os cavalos seguem as indicações dos humanos, sejam elas boas ou más, e a maior parte deles são suficientemente espertos para se aperceberem do facto de que é conveniente agradar aos humanos. Também aprendem seguindo o exemplo de outros cavalos: dá muito resultado utilizar um cavalo já ensinado para guiar um poldro que se começa a ensinar ou um cavalo que se pretenda reabilitar. Cavalos com experiência e que já confiam num cavaleiro sensato não se deixarão influenciar por um poldro irrequieto, podendo-se observar a sua influência sobre o mesmo, por vezes com um simples olhar. Os cavalos comunicam entre eles com muito mais linguagem corporal do que nós. Se for permitido a um poldro observar um cavalo já experiente, aprenderá mais depressa do que um a quem nunca foi dada essa oportunidade.É do conhecimento geral que um poldro numa situação complicada seguirá, na maior parte dos casos, outro cavalo, não confiando no ser humano.Certos treinadores antigos, muitos dos quais ainda vivem, acreditavam no castigo quando o cavalo respondia incorrectamente a um comando ou ajuda. Se o treinador tentava ensinar uma cavalo a entrar a galope com a mão direita e o cavalo insistia em sair com a esquerda, era castigado com o chicote ou espora ou ambos. A escola de pensamento que prevalece hoje é a de recompensar o cavalo quando ele responde correctamente e de nada fazer quando ele não o faz, ou simplesmente dizer não ou outro sinal que lhe tenha sido ensinado e que ele entenda como desaprovação. Bater ou insultar um cavalo que está a tentar descobrir o que lhe queremos ensinar é estúpido e cruel. Provavelmente um aspecto tão importante como o da firmeza quer na recompensa quer no castigo é o de administrar qualquer destas acções no momento imediato à execução do exercício. A sua mente funciona de um modo, que para poder relacionar as duas coisas elas não podem distanciarem-se mais de um ou no máximo dois segundos. Após este lapso de tempo não relacionará uma coisa com a outra e a recompensa ou repreensão dados não servirão para nada. Os castigos que o cavalo não entende traduzem-se num animal zangado, ressentido e no melhor dos casos não cooperante. Recompensar um cavalo passado já algum tempo de ele ter cumprido, como por exemplo quando sai do campo de obstáculos após uma boa prova, é demasiado tarde. Todavia, uma palavra de apreço sussurrada de cada vez que transpõe bem um obstáculo é compreendida e motivante para o cavalo porque consegue relacionar as duas coisas. É enfurecedor ver cavaleiros a dar uma chicotada a um cavalo depois de ter feito a batida para um salto. Esta acção indica ao cavalo, sem sombra de dúvida, que ele está a actuar incorrectamente! O mesmo acontece com as pancadas na boca, as espetadelas das esporas e mesmo as violentas pancadas que lhe são infligidas nas costas pelo "assento" do cavaleiro. Qualquer acção desagradável ou dolorosa será inevitavelmente associada pelo cavalo ao acto de saltar (ou seja qual for o exercício em execução). Quando nos debruçamos sobre as técnicas utilizadas por alguns cavaleiros podemos considerar um milagre não existirem mais cavalos a recusar ou a "pegarem-se". As palavras-chave do ensino são: firmeza, oportunidade, repetição e a recompensa. Estamos todos cientes de que o método de ensino convencional indica que não se deve permitir ao cavalo a iniciativa e antecipação ou seja, fazer o que pensa que lhe vamos pedir antes de o fazermos. Diz-se que isto diminui a nossa autoridade em vez de mostrar inteligência por parte do cavalo. Os cavalos adquirem hábitos com muita facilidade e há quem afirme que isto não demonstra verdadeira inteligência, sendo simplesmente o cavalo a executar o que se lhe tornou habitual. A minha opinião é a seguinte: sendo nós seres de suposta inteligência superior, deveríamos lembrar-nos e aceitar o facto de que os cavalos são criaturas de hábitos e anteciparmo-nos às suas acções, tomando medidas para evitar qualquer acção que pensámos que vai executar, tal como assustar-se num local onde costuma fazê-lo. A antecipação é na verdade uma expressão de inteligência e pessoalmente fico preocupada quando um cavalo não demonstra qualquer sinal dessa antecipação - memória e capacidade de aprendizagem . O estratagema favorito dos investigadores cientificas para avaliarem a inteligência animal é o labirinto. Para o meio deste são lançados os mais diversos tipos de animais e o que chegar primeiro ao alimento que se encontra no centro é julgado como sendo o mais inteligente. A sua profissão inclui vários outros truques como a solução de problemas, tais como a aprendizagem de qual a alavanca a accionar ou a quis sons responder de forma a descobrir onde encontra a recompensa. Este tipo de teste é totalmente desadaptado aos cavalos que nunca, no seu meio natural têm que resolver problemas deste tipo. O teste real à inteligência é o da sobrevivência no seu próprio meio e os cavalos sobreviveram no seu durante vários milhões de anos. Mais, são suficientemente inteligentes e adaptáveis para sobreviver e por vezes prosperar no nosso ambiente, vivendo uma vida que lhes é imposta: ser montados, viver em cavalariças, ser separados dos seus semelhantes, não ter oportunidade de formar relações naturais de manda, ser forçado a comer rações feitas por nós etc. Isto para mim é a verdadeira inteligência. O que nos importa se o cavalo é ou não mais inteligentes do que os cães, seres humanos, gado bovino, gatos ou o que quer que seja. Temos cavalos porque, gostamos deles pelo que são. Se pensarmos que são estúpidos - como há quem o afirme - não é estúpido associarmo-nos a eles, fazendo-o por prazer? Na nossa sociedade fazer dinheiro é suposto ser sinal de esperteza e há quem faça muito, com o negócio dos cavalos. Tenho conhecido muitas pessoas que fizeram muito dinheiro e que são irrefutavelmente estúpidas .

o cavalo se espresa pelo olkos

De face dura, imutável, pobre de mímica, o cavalo se expressa pelos olhos que ficam arregalados quando está com medo e, principalmente, pelas orelhas. Quando estão voltadas para a frente, como dois cones peludos, é sinal de alerta: está prestando atenção a um som, uma imagem, um cheiro... quem sabe, à ração que está chegando, ou a uma fêmea no cio? Trocar orelha é a manifestação de desconfiança, de dúvi-da. Agora, quando as duas orelhas estão deitadas para trás, abaixadas, cuidado meu amigo porque o cavalo está irritado: pode dar uma mordi-da, um manotaço, um coice. Os cavalos comunicam sobretudo através de expressões e gestos. A comunicação é a base de todas as relações e aprender a perceber o cavalo melhora o relacionamento entre cavalo e cavaleiro. medida a excitação aumenta, todo o corpo parece crescer e tornar-se mais imponente. A cabeça mantém-se erguida e a cauda está orgulhosamente levantada. Por outro lado, quando a excitação diminui e ele está sonolento, enfastiado ou submisso, a cabeça e cauda pendem, o corpo verga-se, o que faz o animal parecer mais pequeno. Esta manifestação vertical – do animal cheio de vida – é compreendida claramente pelos seus companheiros, que reagem de modo adequado. Ela faz parte da linguagem corporal dos cavalos, e é utilizada sempre que se encontram.Esta norma vertical é quebrada apenas quando o grau de excitação atinge um ponto em que eles partem a galope. Então, as exigências físicas da locomoção a alta velocidade forçam o corpo do cavalo a uma postura mais esguia e horizontal, apesar do elevado grau de excitação. Para além da tonicidade muscular, existem três mensagens corporais que podem ser lidas com facilidade. São elas a repressão com o corpo, o empurrão com o ombro e a apresentação da garupa. A repressão com o corpo é utilizada por um animal dominador que deseja impedir os movimentos de um rival. É uma forma de ameaça que diz "Aqui mando eu ". O animal que intimida coloca o corpo em frente do do outro, em sentido perpendicular, e impede-o de avançar. Isto coloca este último animal num dilema. Ou reage ao desafio e tenta forçar o caminho para avançar, ou deixa-se dominar, virando-se e ficando humildemente onde está, ou voltando para trás e indo-se embora. Nesta situação, se recuar, está a admitir a derrota e a reconhecer que o outro cavalo é superior. Isto porque o ato de se afastar é uma mensagem específica utilizada por cavalos quando lutam. O movimento do cavalo que reprime forçando o rival a enfrentá-lo ou a declarar activamente a sua inferioridade é, portanto uma maneira conveniente de reforçar o seu estatuto no grupo sem ter de recorrer a lutas perigosas. O empurrão com o ombro é uma versão mais ativa de repressão com o corpo; o animal que ameça vai mais longe na manifestação visual, tocando no rival e empurrando-o. Uma das razões porque há tantas objeções e inquéritos nos hipódromos é que, se um jóquei incitar deliberadamente o seu cavalo a empurrar um cavalo rival com o ombro, este último não só vê o seu caminho obstruído, como se sente psicologicamente intimidado. No pólo equestre, esse mesmo movimento é utilizado deliberadamente como parte aceitável do desporto, sendo considerado um bom pónei para o pólo aquele que está sempre disposto a empurrar os outros póneis.A apresentação da garupa é utilizada como uma manifestação defensiva. O cavalo em causa apenas se volta, de modo a oferecer um coice. Esta é uma forma de ameaça . Tem origem na colocação do corpo em posição de dar coices e atua como aviso de um possível ataque. Os outros cavalos aprendem rapidamente a reconhecer estas etapas preparatórias de ação e reagem a elas, sem esperarem pelo resto do movimento.As orelhas são a zona do corpo do cavalo mais móvel e mais expressiva.Orelhas para o lado - Quando o cavalo se encontra relaxado, as orelhas podem estar pendentes para o lado.Orelhas para trás - As orelhas para trás têm diversos significados. Conhecidas por alertar o cavaleiro de que o cavalo está irritado e prestes a atacar, as orelhas nesta posição só têm esse significado quando acompanhadas da exposição da zona branca dos olhos, lábios contraídos nos cantos, ou o abanar da cabeça. As orelhas para trás podem significar que o cavalo está apenas atento a ruídos que vêm de trás, à voz do cavaleiro por exemplo, ou até que está sonolento. Os cavalos colocam também as orelhas para trás quando galopam ou executam uma manobra difícil.É importante distinguir estas situações, pois como sinal de agressão, o cavaleiro deve tomar precauções e repreender o cavalo. Contudo, o cavalo não deve ser repreendido se está a prestar atenção às indicações do cavaleiro ou se apenas está com sono.Muitos cavalos não utilizam a expressão agressiva com pessoas e não é aconselhável que adquira um cavalo que o faça. Contudo, já é frequente os cavalos utilizarem esta expressão entre eles. E de seguida haver coices e relinches. Orelhas para a frente - Os cavalos apontam as orelhas para o seu motivo de interesse. Geralmente, orelhas viradas para a frente indicam que o cavalo está atento e interessado. Os cavalos cumprimentam-se com as orelhas voltadas neste sentido.Contudo, as orelhas orientadas para a frente são também um claro sinal de que o cavalo está a detectar algum perigo. Nestes casos, o cavalo levanta o pescoço e mostra-se alerta.Expressões faciais: Olhos semicerrados e lábios contraídos – Pode significar mau humor ou dor. Nariz enrugado – Significa aborrecimento ou repulsa.Dentes expostos – São sinal de ameaça, um alerta do cavalo de que pode vir a morder.Cauda:Abanar a cauda é sinal de irritação e pode mesmo indicar que o cavalo está prestes a dar um coice. Se o cavalo se aproxima do cavaleiro com a parte traseira, então o melhor é desviar-se pois o animal prepara-se para dar um coice. Abanar a cauda pode ser também sinal de amizade se os cavalos o fizerem quando estão lado a lado. Atirar a cauda para o próprio corpo serve para afastar moscas ou outros insectos. Trazer a cauda elevada é sinónimo de prazer, já que os cavalos brincam e correm com a cauda nesta posição.Meter a cauda entre as pernas e baixar a parte traseira significa que o cavalo está com medo.Cabeça :Abanar a cabeça pode ser sinal de brincadeira, geralmente quando o cavalo está solto no campo e a correr. Contudo, pode também ser sinal de desconforto se estiver a ser treinado.Com a prática e observação os cavaleiros aprendem a não só identificar a linguagem corporal dos cavalos em geral, como também as expressões única do seu cavalo, como por exemplo, a expressão que o animal faz quando o escova no sítio que ele gosta. É caso para dizer que se a linguagem corporal serve para evitar coices, também serve para dar mimos .
O bom adestrador procura entender a linguagem do cavalo. Quando sob forte tensão, assustado, com medo ou raiva, dar uma dentada nada mais é do que uma reação natural de defesa. Assim como nós, ele também tem dor de cabeça, febre, cólica, ansiedade, agressividade e medo. Talvez o medo seja o fator mais importante de sobrevivência de qualquer espécie animal. (E que no homem é tão grande!). Para uma égua, como em todas as fêmeas dos mamíferos, a gestação, o parto e o puerpério são períodos de grande tensão pois são períodos de maior vulnerabilidade diante dos predadores (exacerbação da emotividade, aumento do peso corporal, diminuição da velocidade e da resistência), favorecendo as agressões, já que agredir é a única maneira de se defen-der quando não se pode fugir. O mesmo acontece durante o cio, quan-do a égua muda a postura - patas traseiras levemente abertas, secreção mucosa saindo da vulva, trocar de orelhas - e, principalmente, de tem-peramento - fica hiperexitada, assustada, agressiva, nervosa, inquieta, louca para dar. Lembra o velho ditado machista: "Água morro abaixo, fogo morro acima e mulher que quer dar, ninguém segura!" (Para pro-var o quanto este ditado é preconceituoso basta substituir o termo "mulher" por "homem" e "dar" por "comer" que o sentido não muda, provando que os comportamentos instintivos são iguais para ambos os sexos).

Fontes : Eduardo Festugato
Equisport

perido de cresimento

O período de crescimento pode ser descrito como o tempo desde os primeiros movimentos do feto, após a concepção, até que atinge o desenvolvimento completo e a idade adulta.O animal adulto atravessou mudanças de comportamento que são o produto da aprendizagem e das características do ciclo natural da vida de uma dada espécie.O período de desenvolvimento inicial é o tempo da vida do poldro quando os seus padrões de comportamento, conjuntamente com as características anatómicas e fisiológicas vão passando por rápidas e significativas modificações que o influenciarão para o resto da sua vida. Ao nascer, o poldro apresenta padrões comportamentais que desenvolveu no período pré-natal enquanto no útero da mãe. Os movimentos podem ser detectados a partir do terceiro mês de vida fetal em diante por meio de perscrutação ultra-sónica. Isto torna-se progressivamente mais complexo porque o feto desenvolve-se completamente dentro da mãe durante o período de gestação, cuja duração média é de 335-340 dias.Na altura do nascimento as patas da frente do poldro aparecem logo a seguir à ruptura da membrana alantóide, a estimulação dos membros nesta fase provocará uma resposta reflexa. O potro deixa de responder ao estímulo enquanto passa pelo pélvis da mãe até que os quadris estejam libertados. Após segundos de ter nascido o ritmo respiratório está estabelecido, e o recumbito do esterno/a postura levantada da cabeça e pescoço são conseguidos em poucos minutos.Os poldros, são normalmente, capazes de se levantarem dentro de quinze minutos/uma hora depois do parto.Os movimentos dum poldro recém-nascido continuam geralmente com sucessivas experiências.Os cavalos são uma espécie "seguidora", e é essencial para um poldro estar apto a mover-se o mais depressa possível depois do nascimento para seguir a mãe sem hesitação. A mãe reconhece o poldro por meio da vista, cheiro e som. Os laços filho-mãe levam 2-3 dias a estabelecer-se e durante este tempo a mãe poderá demonstrar evidentes sinais de agressividade em relação a qualquer outro cavalo que se aproxime demais do seu poldro."Imprimir" diz-se de várias alterações de comportamento pelas quais um animal jovem se liga devotadamente a uma "figura materna". Esse registo (impressão) acontece geralmente logo a seguir ao nascimento e resulta numa fixação difícil de mudar.É uma forma única de aprendizagem, a qual, não tem comparação com qualquer outra forma. É irreversível e restringida a um breve "período sensível (impressionável)" que se segue ao parto.Espécies precoces, como são os cavalos, tendem a seguir após o parto, objectos de grande porte em movimento. Porém os poldros podem também imprimir objectos fixos de grande porte, como por exemplo, árvores, e recusarem-se a afastaram-se delas. Há ainda animais que são adoptados por mães de espécies diferentes/i.e. gatinhos criados por uma cadela com cachorros) e que imprimem a figura da nova mãe e actuam de facto, como se fossem cães. Uma associação a longo termo com outra espécie, especialmente quando a associação envolve alimentação, pode influenciar o comportamento do animal e a escolha do parceiro sexual por toda a vida. A socialização mais generalizada com outros animais/espécies, podem, no entanto ocorrer muito depois do período susceptível de provocar a fixação ou impressão.A "impressão" ocorre nas espécies animais nas quais a ligação com os pais, com grupos de animais afins, e com membros do sexo oposto é muito importante mas que corre o perigo de ser mal orientada.Verifica-se que o tempo sensível à impressão coincide com o tempo em que a possibilidade de erro é mínima, isto é, antes que o recém-nascido tenha a chance de encontrar indivíduos de qualquer outra espécie que não seja o da mãe.Como as éguas prenhes frequentemente se isolam dos outros cavalos antes do parto, ou somos nós que as isolamos, normalmente, o primeiro grande objecto em movimento visto pelo poldro acabado de nascer, é a sua própria mãe.O novo poldro pode ficar confuso com outros grandes objectos em movimento, mas recebe também importantes estímulos tácteis da mãe.Através do contacto com a superfície do ventre da mãe aprende a identidade e localização do úbere e encontra as tetas.O comportamento da égua também se modifica no período pós-parto, aumentando a eficiência da sua tarefa de vigiar o potro.Neste período crítico a mãe aprende rapidamente a identificar o seu recém-nascido e relacionar-se com ele como uma extensão de si própria, particularmente vulnerável. Em contrapartida outro jovem poldro, mesmo que notoriamente parecido, e rejeitado; um comportamento hostil é demonstrado ao estranho; este comportamento, em muitos casos, pode até tomar a forma extrema de agressão.Em estudos nas zebras das planícies, tem sido registado que durante os primeiros dias depois do parto, a égua, numa postura ameaçadora, expulsa todos os outros membros do grupo que se aproximem a mais de 3 metros do poldro. Incluindo o garanhão da manada.Tem sido aventado que este comportamento está claramente correlacionado com o período crítico em que o poldro imprime a imagem da mãe, com a sua agressividade, a égua evita que o poldro aceite outro animal como mãe.Alguns dias depois de parir, esta agressividade cessa e todos os membros do grupo podem entrar em contacto com o poldro.É também o que acontece quando se recorre a mães adoptivas como "mães substitutas" para poldros órfãos: se o período crítico da mãe para imprimir já está ultrapassado a adopção e aceitação é mais demorada e o resultado mais duvidoso.Tem havido casos de jovens poldros serem mortos por garanhões tanto entre cavalos domésticos como entre cavalos vivendo em liberdade. Não é muito vulgar, mas quando acontece, são os poldros machos que são mortos; isto sugere que este comportamento possa ser um sistema natural de controle da população e/ou casta. Nos exemplos registados nos cavalos Camargue, os garanhões em causa são cavalos que se juntaram recentemente à manada, e por isso pode ter sido a tentativa de assegurar a transmissão do seu próprio genes à futura população da manada.Poldros mortos pelas mães são extremamente raros, mas tem sido registados entre cavalos domésticos.As éguas vivendo em liberdade ou domésticas formam uma forte ligação com os seus poldros muito rapidamente depois do parto, e quando separadas, cada um deles pode localizar o outro muito depressa. Sinais vocais parecem ser de primordial importância quando um par égua-poldro procura encontrar-se, a vista e o cheiro têm também um papel chave no seu reconhecimento.Estudos feitos entre as zebras das planícies demonstram que os padrões individuais das riscas, como complemento do cheiro e voz, são importantes no reconhecimento entre mães e filhos.Os poldros podem começar a mamar muito rapidamente - nalguns casos, 35 minutos após o parto.O comportamento imediatamente anterior ao aleitamento inclui esticar a cabeça e o pescoço ao mesmo tempo que abrem e fecham a boca num movimento lento de abocanhar. Este movimento de abocanhar tem sido registado como um dos primeiros movimentos, feitos pelos recém-nascidos poldros, nalguns minutos a seguir ao nascimento.O acto de mamar é geralmente iniciado pelo próprio poldro o qual se orienta directamente para o úbere e depois de se posicionar correctamente, começa a dar "cabeçadas" isto é empurra o úbere com o focinho. Frequentemente os poldros andam à volta da mãe ou andam por debaixo do pescoço antes de se aproximarem do úbere.Vocalização e sacudidelas da cabeça antes de começarem a mamar também é vulgar. Este comportamento característico tem como finalidade avisar a mãe da intenção do poldro e é importante para facilitar o leite a descer até às tetas. Também encoraja a mãe a ficar quieta enquanto o poldro mama. A amamentação, nas primeiras semanas, ocupa a maior parte do tempo das actividades do poldro. É neste período que se registam os picos de amamentação tanto em tempo como em quantidade.Estes períodos podem durar desde alguns segundos até alguns minutos, dependendo da idade e de padrões de preferência individuais. Porque os períodos de mamar e de dar cabeçadas nas mães, são sobrepostos, aos períodos de alimentação não definidos, identificando os períodos de não amamentação. Por seu lado estes períodos são definidos como intervalos entre os períodos de alimentação.Chupar as tetas além de servir a função nutritiva, constitui um comportamento de conforto.Os poldros frequentemente vão mamar imediatamente após ter sofrido qualquer perturbação ou manuseamento. Isto pode ser associado também à necessidade de aliviar a ansiedade.As cabeçadas no úbere estimulam a libertação de oxitocina (a hormona responsável pela libertação do leite) da hipófice do cérebro, encorajando a descida do leite e sua ejecção no úbere.As cabeçadas podem ser dolorosas para a mãe durante certos períodos sensíveis; é o que acontece muitas vezes nas 2/3 primeiras semanas de lactação. Nestes períodos as mães são relutantes em deixar os poldros mamar, às vezes mesmo activamente evitam que eles o façam.As mães têm várias maneiras de ajudar os poldros a mamar. É muito vulgar flexionarem a perna traseira do lado oposto ao lado em que o poldro está a mamar; também mantêm, a perna traseira do lado em que o poldro mama, afastada do corpo e levantada, ou posicionam-se elas próprias com as pernas da frente bem para a frente e as pernas traseiras muito quietas para que o úbere fique bem acessível ao poldro.Caracteristicamente as mães vão ficando menos tolerantes com as actividades de amamentação conforme os poldros vão crescendo, isto pode ser considerado como o início do processo natural de desmame.Éguas puro-sangue demonstram grande resistência às actividades de amamentação dos seus poldros depois de estes atingirem seis meses de idade, e activamente vão encurtando os períodos de mamar dos poldros, nalguns casos demonstrando evidente comportamento agressivo quando os poldros são muito persistentes.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

beto e melo
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

os nomades da aseia

QUUS- Equitação Especial para mim
mostrar detalhes 17 fev (8 dias atrás)


Os nômades da Ásia Central, desprovidos de ciência, foram os melhores cavaleiros do mundo. No Ocidente, 3.400 anos depois, Federico Caprilli, foi contemporâneo de Ivan Pavlov, Charles Sherrington e Sigmund Freud que começavam a desvendar o mundo da fisiologia, da bioquímica e da psicologia. Caprilli elevou o cavalo de objeto a indivíduo — o que estava em perfeita sintonia com o avanço da ciência do seu tempo, e também com a equitação dos nômades! Mas, o que acabou sendo a equitação científica no século 20?
A ciência é um conjunto de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experimentação dos fatos. Entretanto os cientistas ocidentais, urbanos e sedentários, sempre tiveram grande dificuldade em entender o conjunto de conhecimentos que os povos ditos 'primitivos' obtêm, não através da das pesquisas mas, simplesmente por eles serem uma 'parte' natural do sistema ecológico. "Como o mundo é governado das cidades, onde os homens se acham desligados de qualquer forma de vida que não a humana, o sentimento de pertencer a um ecossistema não é revivido", escreveu Berthrand de Juvenel. Outra dificuldade que tem atravancado o pensamento ocidental acerca dos conhecimentos das sociedades primitivas é que, sendo a ciência tratada como uma 'ideologia secular de progresso', aos olhos do homem moderno uma tribo de indígenas, vivendo na Idade Neolítica, simplesmente não poderia saber mais do que um cientista, acerca de qualquer coisa. No Brasil, aprendemos com Darcy Ribeiro que um índio Kaiapó, por exemplo, tem uma sofisticada classificação do seu meio ambiente que lhe permite viver com fartura onde o etnólogo Claude Levi-Strauss, com toda a sua sabedoria científica, morreria de fome. O nômade da Ásia Central e o seu cavalo formavam um sistema fisiológico integrado - sintonizado à perfeição por muitos séculos de aprendizagem bilateral. Um cita montava a cavalo como a Márcia Haydée dança balé ou o Von Karajan rege uma orquestra - com a sabedoria da alma. Os cavaleiros nômades não precisavam de livros para passar os seus conhecimentos eqüestres para as novas gerações - todo membro da sociedade começava a aprender o ofício eqüestre desde quando nascia. Entretanto, nas sociedades urbanas e sedentárias, organizadas em profissões especializadas, é muito diferente. As técnicas eqüestres precisam ser registradas em livro para ser ensinadas para as novas gerações. Aí surgiu o problema da equitação científica no século 19: como conhecer a fisiologia da equitação se nem a ciência e muito menos a sociedade, conheciam a psicologia, a fisiologia, a neurofisiologia e a bioquímica do cavalo e a sua função na equitação?

Entretanto, os grandes mestres equitadores do passado sempre procuraram dar uma orientação científica ao seu trabalho. Pluvinel, no século 17, sem entrar em maiores detalhes, deixou claras as vantagens da equitação racional e 'científica' em oposição aos métodos brutais e irracionais. Durante o século 19, a física e a mecânica avançaram com uma velocidade cada vez maior, e assuntos que eram matérias distintas começaram a convergir, criando novas sínteses e novas descobertas. Mas as palavras de Baucher ecoam nos dias de hoje como uma descrição puramente mecânica - "Cada movimento do cavalo é a conseqüência de uma posição específica que, por sua vez é produzida por uma força 'transmitida' pelo cavaleiro". A imagem que temos do cavalo descrito por Baucher é a de uma máquina, formada por pistões e alavancas, e a força do cavalo é descrita como se emanasse do cavaleiro, todo poderoso. O cavaleiro de Grisone e de Baucher era o centro do mundo eqüestre (assim como, na antigüidade, a Terra era o centro do universo), e nos seus livros o cavalo e a equitação se transformaram numa grande metáfora da ciência mecânica. Já, no século 20, as idéias de Caprilli elevaram o cavalo de objeto mecânico a indivíduo sensível, capaz de fazer julgamentos próprios — um salto monumental sobre o mecanicismo do passado. Caprilli insistia que o cavalo experiente é perfeitamente capaz de julgar a distância, e decidir se deve aumentar ou diminuir os seus galões e regular o momento do salto. "Tudo o que é necessário é o cavaleiro interferir o mínimo possível no equilíbrio natural do cavalo, e se ajustar à maneira do cavalo se movimentar". Com as idéias de Caprilli, de repente, o cavalo e o cavaleiro se tornaram parceiros. Caprilli incorporou o cérebro do cavalo e o seu sofisticado sistema neurofisiológico à sua filosofia de trabalho e se tornou o mais importante cavaleiro da sua geração. Mesmo não conhecendo neurofisiologia, para ele, a fusão dos sentidos e a união dos gestos do conjunto eram fatores importantes na equitação. Nos circuitos de salto, as suas técnicas foram adotadas com grande sucesso e a equitação clássica estava pronta para dar um salto espetacular - da Idade Mecânica para ingressar na Era da Neurociência.

Mas, naquele momento, o mundo parou de se preocupar com o cavalo, e todo o esforço científico - as novas e importantes descobertas da neurologia, da psicologia, da química e da informática (matérias que ninguém associou com a equitação) - se voltou para resolver os problemas sociais, políticos e econômicos, que pulularam no atormentado século 20. O cavalo e a equitação tornaram-se obsoletos, como uma pena de ganso depois da pena de metal, da pena de metal depois da caneta-tinteiro, da caneta tinteiro depois da máquina de escrever e da máquina de escrever depois do processador de texto. A banda próspera da humanidade parou de se interessar por cavalos para viver um tórrido romance com o automóvel; um terço da população do globo ardeu com a febre do comunismo, só curada com doses maciças de consumismo. Deus estava morto, Marx estava morto e o Homo-caballus era, aparentemente, mais uma espécie extinta.

Com o discreto renascimento eqüestre nos anos 50, os 'entusiastas' do cavalo se voltaram para a Equitação Acadêmica do passado em busca das soluções para o presente, da mesma maneira que a sociedade medieval se voltou para a cultura clássica grega durante a Renascença italiana. As obras clássicas sobre equitação (algumas já discutidas aqui) foram desenterradas, espanadas e postas em prática, com grande reverência e respeito. A Idade Mecânica foi restaurada ao poder do mesmo modo que o universo aristotélico foi restaurado na Renascença - como se a revolução tecnológica do século 20 não estivesse em pleno curso. Infelizmente é preciso dizer que a equitação 'científica' do século 20 foi uma cópia xerox em preto e branco da equitação pouco científica do século 19. Precisamos urgentemente rever as técnicas da equitação clássica à luz das grandes descobertas científicas que estão mudando os paradigmas de todas as áreas do conhecimento humano.

foto do beto country

quem sou eu:
Faço ENDURO PARAEQUESTRE e acredito ter encontrado qualidade de vida e realização no Esporte. Gosto muito de cavalo e do esporte que pratico. É diversão a toda prova.Minha alma é sertaneja. Gosto do campo e cavalos sempre foi minha paixão.Os cavalos estão falando - escute apenas.”
(Monty Roberts)


O momento de Join-up® é quando o cavalo esta disposto a trocar uma comunicação. O cavalo decidiu-se que você será o líder de seu rebanho de dois membros (você e o cavalo). Esta é uma parceria de 50/50, significando o dar-se a atenção máxima e ambos estarão querendo também encontrar-se no meio do caminho.

A seqüência da língua do cavalo estará parecida com a pressão no redondel como é na vida selvagem. A única diferença é que o ser humano (predador) faz o papel da égua matriarca no rebanho. O instrutor mantém o cavalo que esta trabalhando afastado e o domina fixando com os olhos nos olhos, os movimentos dos ombros e o quadril são previamente definidos. O cavalo começa a ficar ligado nos movimentos sob esta pressão, depois seu instinto natural o fará fugir. Em campo aberto ele iria se afastar uma distancia aproximada de 400 mt, até que tivesse como reavaliar a situação e então tentar se comunicar.
Resumindo: Primeiro o instinto de sobrevivên .

olá beto !! tudo bommm?? vc tem toda razao!! , é muito importante conhecer um pouco sobre odontologia equina!!! , partindo do principio que a saude começa pela boca , "nos ouvimos essa frase desde pequeno ", nos cavalos sao a mesma coisa , desde potros ate idosos
, depois dos 2 ou 3 anos a coisa fica mais critica , quando eles vao para doma e tem que acostumar com uma embocadura , todo bom cavaleiro deve ter o conhecimento basico da boca dos equinos. um equino nao pode ser bom de redeas ou ter uma boa saude se nao tiver dentes bons , haaaaaaa o dente lobo tambem é muito importante ! a retirada do mesmo é fundamental para diminuir o estresse do cavalo em relaçao a embocadura , devido a choques causados entre eles . estou te mandando um link com um artigo bem explicativo que esclarece todos esses problemas que eu comentei e continuo a sua disposiçao para qualquer duvida ou serviços , obrigado t+ abraçosss

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